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A revolução digital em curso terá "um grande impacto" na economia do mar, dependendo o desenvolvimento do sector da capacidade de captar os benefícios do digital e de mitigar os riscos da nova realidade, conclui um inquérito hoje divulgado.

Intitulada "A Revolução Digital e a Economia do Mar", a oitava edição do projecto de responsabilidade social LEME - Barómetro PricewaterhouseCoopers (PwC) da Economia do Mar inquiriu 50 gestores de topo e personalidades ligadas à economia do mar em Portugal, 90% dos quais consideraram que "todas as indústrias do mar terão um 'elevado impacto' provocado pela revolução digital".

As conclusões do trabalho, a que a agência Lusa teve hoje acesso, apontam as fileiras dos portos, dos transportes marítimos e ainda a acção do Estado no mar como sendo "áreas impactadas pela quase totalidade dos 12 temas inerentes à Revolução Digital".

Os temas em questão são a 'análise de dados em massa através de ferramentas informáticas'; 'algoritmos de inteligência artificial que permitem retirar informação útil a partir de dados'; 'serviços de armazenamento e processamento de dados na 'nuvem' (servidores partilhados)'; 'informação integrada em todos os elos da cadeia de valor de uma indústria ou processo' e 'ferramentas de garantia de privacidade, confidencialidade, validade e segurança de dados'.

Também considerados foram os temas da 'disponibilização de serviços que permitem executar tarefas através da Internet ou do telemóvel'; 'utilização de sensores que recolhem, enviam, analisam e processam dados'; 'dispositivos colocados em equipamentos que adicionam informação relacionada com o mundo real em contexto'; 'alteração relevante de modelos de negócio provocada por avanços tecnológicos'; 'massificação da oferta costumizada de produtos e serviços através do uso de tecnologia'; e 'serviços preventivos de informação sobre necessidade de manutenção em tempo útil'.

 Entre estes 12 temas, a análise de dados em massa através de ferramentas informáticas ('big data analytic'), a disponibilização de serviços que permitem executar tarefas através da internet ('Internet of things', como por exemplo ligar uma câmara de vídeo que monitoriza uma aquacultura) e a utilização de sensores que recolhem, enviam, analisam e processam dados ('smart sensors') foram os aspectos da revolução digital que os inquiridos afirmaram que influenciarão o maior número de indústrias do mar.

 Do inquérito realizado resultou ainda uma chamada de atenção para os riscos que a revolução digital também encerra, designadamente no que diz respeito às vulnerabilidades face a ciberataques.

 Para o consultor das actividades marítimas da PwC responsável pelo inquérito, fica demonstrado que "os líderes das diferentes indústrias do mar começam a ter a noção que se não abraçarem a revolução digital, aproveitando todos os seus benefícios e construindo bases sólidas de protecção contra ciberataques, a economia do mar será como uma embarcação à deriva num vendaval de transformações".

Contudo, considera Miguel Marques, se "o interesse pelos temas da transformação digital aumentou consideravelmente no seio da comunidade marítima portuguesa" e "as acções digitais no terreno" já são uma realidade, o facto é que "o conhecimento dos riscos associados a ciberataques e sua mitigação é ainda incipiente".

14/12/2017

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